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O Clube dos Anjos

Após diversos atrasos nas estreias de filmes dos últimos dois anos pandêmicos, eis que se aproxima a data de lançamento de Clube dos Anjos, sob o roteiro e a direção de Angelo Defanti. O filme aguardado é uma adaptação de Gula, livro do homônimo Luís Fernando Veríssimo, sucesso da coleção Plenos Pecados (década de 90).

A coprodução Brasil-Portugal traz em sua narrativa,  O Clube do Picadinho, confraria que durante 32 anos reúne mensalmente  amigos para jantar (Otávio Muller, Marco Ricca, Paulo Miklos, Angelo Antônio, Augusto Madeira, César Mello, André Abujamra e o lusitano António Capelo). O anfitrião é responsável pelo sucesso do vinho e da refeição. Com a chegada de um misterioso cozinheiro (Matheus Nachtergaele), que lhes serve magníficas refeições, os laços de amizade se estendem e o grupo se diminui. Depois de cada jantar, um integrante amanhece morto. Mas por que estes homens continuam retornando aos jantares?

TODO DESEJO DESEJA A PRÓPRIA MORTE

O roteiro possui uma não linearidade. Fiel ao livro, o romance policial metalinguístico se cerca de alusões a bíblia, reflexões acerca do pecado, inspirações Shakespeareanas, análises em torno da morte e o principal; uma história com final anunciado no início do primeiro ato. Um país que quase metade da população vive a realidade da fome, acompanhamos uma história em que a gula e a euforia do homem são relacionadas de forma forte e podemos notar o desejo em sua forma mais primitiva.

A FOME É O ÚNICO DESEJO REINCIDENTE

O longa-metragem se utiliza de uma linguagem extremamente rica, a começar pela apresentação de personagens em suas duas fases (infantil-adulta), planos de conversas ao telefone com os personagens juntos na tela, embora em ambientes distintos e imagens sobrepostas de comida com personagens. Podemos ver suas personalidade em máxima potência quando o líder do grupo deixa de estar presente. E após a chegada do elemento surpresa, sempre por trás da porta fechada, invisível aos olhos.

Na roleta russa da gula, o homem é o único animal que quer mais do que necessita. O terceiro ato nos mostra algo para além do filme: não sabemos de nada, mesmo quando o final já é pré anunciado no primeiro ato. E aprendemos que comida é poder.

Você encontra O Clube dos Anjos nos cinemas a partir do dia 3 de Novembro.

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Até o próximo texto.

 

 

 

 

 

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