Categorias
Sem categoria

Pluft: O Fantasminha

Em tempos de infobesidade sem limites chega aos cinemas uma obra que traz o lúdico e realiza um resgate à inocência para as crianças de hoje em dia sem perder o artesanal enquanto inovador.

A história do fantasminha da grande dramaturga do teatro infantil Maria Clara Machado faz parte da nossa literatura desde a década de 50, sendo patrimônio do imaginário brasileiro. Já foi adaptada para peças e agora ganha as telinhas do cinema com uma assertiva parceria entre Rosane Svartman e Clélia Bessa, pioneiras e contadoras de história.

Com uma extensa pós produção, o filme dispôs de um dos maiores orçamentos do cinema brasileiro infantil com uma “bagatela” de aproximadamente 12 milhões de reais. Realizado em 3D e 2D, o filme possui um trabalho criativo e muito bem realizado de produção ao ter cenas do Pluft (Nicolas Cruz), sua Mãe (Fabíula Nascimento) e seu Tio Gerúndio (José Lavigne) realizadas de baixo da água. Com a fluidez necessária do ponto de vista imersivo em uma piscina de 7 metros, os atores venceram o desafio de atuar subterraneamente.

A narrativa gira em torno de Pluft, um fantasminha que vive com sua mãe numa casa abandonada. Ele se destaca dos outros fantasmas, pois tem medo de gente. Sua vida ganha uma reviravolta com a chegada de Maribel (Lola Belli) ao ser sequestrada pelo terrível Pirata Perna de Pau (Juliano Cazarré). Maribel precisará vencer o seu medo de fantasmas e Pluft o seu medo de gente para derrotar o Pirata e salvar o grande tesouro. Rosane traduziu a mágica do teatro para o cinema com êxito ao trazer um fantasminha criativo e não igual a todos os outros cinzas e pálidos e um pirata assustador e engraçado. Há uma união bem sucedida entre medo, aventura e comédia para o público infantil e adulto, pois trata-se de um filme para todas as idades.

Houve um respeito ao universo de Maria Clara Machado e incluiu-se atualizações como trazer a Maribel de forma mais combativa. A Maribel se torna um veículo de inspiração para meninas enfrentarem seus medos mesmo diante de fragilidades, ela chora, tem medo, mas decide enfrentá-los. Pluft é curioso, mas é medroso. O filme nos mostra mais que o medo, é preciso ter a coragem de enfrenta-lo, é preciso superá-lo, é preciso amadurecer, fazer escolhas e respeitar as diferenças. Em Pluft, a arte funciona em sua máxima potência.

 

Você encontra Pluft, O Fantasminha nos cinemas .

Gostou do conteúdo? Então deixa um comentário para eu saber disso!

                                   Te vejo no próximo texto.