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Uma Família Não Tão Feliz

Na próxima quinta-feira (4 de Abril) chega aos cinemas o filme “Uma Família Feliz”. Onde se revela um intrincado enredo centrado em Eva, uma jovem mãe confrontada com a devastadora realidade da depressão pós-parto em meio a uma comunidade que rapidamente se vira contra ela. Com o roteiro e argumento escritos por Raphael Montes e dirigido por José Eduardo Belmonte, o filme mergulha os espectadores em uma trama sombria acentuada por um trabalho meticuloso de iluminação. Com atuações impactantes de Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini, a narrativa desvenda as tensões familiares e os segredos ocultos que ameaçam a aparente harmonia da vida de Eva.

Em “Uma Família Feliz”, a influência de “Aos Teus Olhos” de 2017, roteirizado por Lucas Paraíso, é perceptível tanto visualmente – do cartaz do filme à construção narrativa – quanto em seu cerne emocional. O filme aborda de forma marcante a perigosa dinâmica do linchamento público e da destruição da vida de um indivíduo à medida que a comunidade se fecha em torno de suspeitas e juízos precipitados, sem se deter para compreender a verdade por trás dos acontecimentos.

Raphael Montes tece uma trama de suspense que mantém o espectador tenso e envolvido, revelando gradualmente os intricados segredos que permeiam a vida desta família aparentemente perfeita. O filme destaca-se pela sua capacidade de explorar as camadas mais profundas da psique humana e pela maneira como expõe a fragilidade das relações interpessoais quando submetidas à pressão do escrutínio público e à suspeita irracional.

O longa-metragem é um thriller psicológico denso e envolvente que ecoa não só os traços visuais e narrativos de “Aos Teus Olhos”, mas também a sua poderosa mensagem sobre os perigos do julgamento apressado e da destruição causada pelo linchamento público. Com uma narrativa habilmente construída e um elenco talentoso, o filme mergulha nas sombras da condição humana, revelando como os segredos guardados podem se tornar venenosos quando expostos à luz.

“Alguém tem que trabalhar de verdade enquanto a sua mãe brinca de boneca, filho.”

É preciso reforçar a invalidação e falta de reconhecimento do trabalho da mulher para além do escritório, quando se cuida da casa, do marido, de 3 crianças e ainda tem os seus projetos pessoais, de vida.

Como Raphael Montes diz: “Tenho medo do cidadão do mal, mas tenho mais medo do cidadão do bem.”

Você encontra Uma Família Feliz nos cinemas a partir de quinta-feira (4/4)

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Até o próximo texto.